Ao longo dos anos, as crianças também constroem um paladar seletivo, escolhendo o preferem e o que não preferem comer, e muitas vezes elas passam a rejeitar frutas e legumes que antes faziam parte da rotina alimentar. Quer saber por que isso acontece? Confere na matéria.
Seletividade Alimentar
Se você é mãe ou pai, você pode já ter se perguntado em algum momento sobre como superar a seletividade alimentar do seu filho. A gente vai entender melhor o que isso significa na matéria que a repórter Criz Campos preparou para o Sempre Bem. Confira!
Em uma mesa composta por pão de queijo, pipoca, fruta e tomate, os irmãos João Pedro Mendes e Bento Mendes não abrem mão do pão de queijo e da pipoca, e acabam deixando de lado a fruta e o tomate. Isso é seletividade alimentar.
Escolha dos alimentos
Segundo o nutricionista Sandoval Albuquerque, as crianças escolhem somente os alimentos que elas têm o paladar. Quando se observa, no final das contas, são pouquíssimos alimentos que os pequenos consomem o dia inteiro, pois acabam rejeitando outros tipos.
A dentista Juliana Vilela, mãe dos garotos, contou que eles comiam antes todos os alimentos e depois fizeram a seleção. Hoje, o João Pedro tem uma lista do que ele gosta de comer.
Como volta à rotina de uma alimentação mais saudável depois da seletividade?
“É preciso, primeiro, a paciência da mãe para começar a introduzir novamente esses alimentos sem forçar, criando uma preparação”, explica o nutricionista.
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Dificuldade de inserir uma alimentação saudável na rotina das crianças
Quando seus filhos estão com dificuldade de comer alimentos saudáveis, a dentista revelou que tenta oferecer algumas vezes, não tem retorno e acaba perdendo a paciência ou faz com que os pequenos comam à força, mas percebeu que isso não funciona.
“A percepção do alimento de um adulto é diferente da criança. Quando seu filho para de comer, realmente é porque ele já está satisfeito e não precisa forçar”, aborda o nutricionista.
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Quando o pequeno não gosta do alimento, o pai deve retirar?
Para Sandoval Albuquerque, o alimento não deve ser retirado do prato. É importante a criança ter acesso e saber que ela pode contar com aquele alimento.
Pais são exemplos para os filhos
O hábito saudável dos pais tem relação direta na boa alimentação das crianças. “Eu e meu esposo nos alimentamos de forma saudável, comemos todos legumes e frutas”, comenta Juliana Vilela.
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Suplementos
E no caso dessa dificuldade das crianças se alimentarem, existem recursos alimentares que podem dar uma forcinha. “Podemos utilizar os suplementos alimentares para dar um aporte de vitaminas e minerais, já que tem uma carência de alguns alimentos que o pequeno não coloca na mesa”, pontua o especialista.
Montagem do prato
Muitas vezes, os pais usam o recurso de criar pratinhos coloridos e uma coisa mais lúdica para que a criança se sinta mais à vontade naquele universo e coma. “Isso está errado, porque a atração deve ser o alimento. O prato precisa ser branco e a criança precisa ver que aquilo é a comida”, ressalta Sandoval Albuquerque.
Os pais podem usar a atração e a criatividade para fazer com que as crianças sejam atraídas por aquele alimento, fazendo coisas diferentes para decorar um prato. “A criatividade tem que ser no preparo do alimento e não nos adereços, nos talheres e nos pratos”, finaliza o nutricionista.
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Matéria originalmente veiculada no programa de 24 de novembro de 2019.