A população brasileira é a 2ª mais estressada do mundo. Tensão, ansiedade e até mesmo depressão são consequências da vida corrida e do excesso de informações e estímulos. Mas não para por aí. As emoções negativas também podem provocar dores musculares e articulares. Confira!
Dor
As dores se dividem em agudas - que surgem subitamente, são de forte intensidade e duram poucos dias - e crônicas, dores de longa duração, geralmente acima de 30 dias. Os fatores que causam a dor são diversos, desde quedas, desgastes e até tensão.
A população brasileira é a segunda mais estressada do mundo. Tensão, ansiedade e até mesmo depressão são consequências da vida corrida e do excesso de informações e estímulos, mas não para por aí. As emoções negativas também podem provocar dores musculares e articulares.
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Ansiedade x Dor
Para o ortopedista Rodrigo Astolfi, “a nossa sociedade atual é ansiosa. Talvez nós, latino-americanos, sejamos até mais ansiosos que os europeus, por exemplo. Existem vários estudos que mostram isso. Essa ansiedade atua diretamente em como o cérebro interpreta todos os fatores do cotidiano, inclusive a dor”.
Uma das principais causas de dor é a própria ansiedade, que as pessoas nomeiam de fibromialgia que é uma manifestação corpórea de ansiedade e depressão no espectro da doença.
Fibromialgia
O grupo mais suscetível à fibromialgia são mulheres entre 40 e 65/70 anos, um pouco antes e pouco depois da menopausa. De acordo com o especialista, o nosso sistema cerebral por onde passam as informações da dor é o sistema talâmico. Ele é controlado pelo sistema límbico, que é o sistema das emoções.
Talvez de todas as dores, as do pescoço, da coluna lombar, das costas e a do calcanhar são as mais comuns. Essas dores incomodam bastante quando se está emocionalmente abalado ou com algum problema e irritação.
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“As dores da fibromialgia são bastante específicas porque elas andam pelo corpo todo. Às vezes, você está com dor nas pernas e quando vai andar, a sola do pé parece que está em carne viva, e a dor da perna sumiu. Mais na frente, a dor vai para os glúteos, por exemplo… e assim vai”, conta a aposentada Angela Cardoso.
Prevenção
A qualidade de vida é a maior aliada para prevenir e controlar esses problemas. Manter um estilo de vida saudável com a prática regular de exercícios físicos, uma alimentação balanceada e atividades que deem prazer são a chave para viver mais e melhor.
Segundo o ortopedista, sempre que se faz uma atividade física, há a liberação de endorfina, que é o hormônio do prazer. Ele diminui os limiares de percepção da dor pelo cérebro. É como se o órgão ficasse menos sensível ao que está doendo.
Tratamento
O educador físico e o psicólogo são os principais profissionais no tratamento das dores diretamente relacionadas à ansiedade. “Comecei a sentir necessidade de um psiquiatra ou de um médico que pudesse me tranquilizar, principalmente, quando eu ficava irritada com as dores”, comenta a aposentada.
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A dor fica mais suave à medida que você vai se sentindo bem, por isso, é importante aliar exercícios físicos com a alimentação. “Vitamina B e D, e selênio são algumas substâncias importantes relacionadas ao tratamento do estresse e da dor”, recomenda o especialista.
É muito importante entender que tudo na vida está relacionado à alimentação, ao ambiente de trabalho e familiar são pequenas coisas que se somam para você ter uma vida com muita ou pouca dor.
Angela Cardoso concorda: “Esse impacto que as dores me causavam e hoje não me causam mais são o resultado de exercício físico, alimentação e saber lidar com o emocional”, fala.
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Matéria originalmente veiculada no programa de 22 de setembro de 2019.