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É asma, o que fazer?

Respiração

Inspirar e expirar. Esses são os primeiros movimentos que fazemos logo quando nascemos e, desde então, repetimos 24 horas por dia, automaticamente. Agora, imagine só não conseguir executar um desses movimentos perfeitamente. Isso acontece em 20 milhões de pessoas somente aqui no Brasil. É a asma.

Para a alergologista Paula Albuquerque, “a asma é uma doença inflamatória dos brônquios e essa inflamação levam à hiperreatividade. Ela dificulta a saída do ar do pulmão”.

A tesoureira Júlia Rocha conta que não conseguia falar nem dormir, e achava essa sensação horrível. Ela aborda que a pessoa não consegue respirar e a visão fica turva, como se fosse desmaiar. Sua asma vai muito dos seus processos alérgicos com comida, cheiro e a mudança de clima.

Sintomas e Causas

“A asma é uma doença que se caracteriza basicamente por um quadro de tosse, falta de ar e sibilância (chiado no peito)", explica o pneumologista Alípio Mont’alverne.

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As causas mais comuns que desencadeiam uma crise de asma são as doenças infecciosas, principalmente, as doenças virais e os processos alérgicos.

Diagnóstico

“Os testes cutâneos não são diagnósticos para a asma. Eles mostram que o paciente é sensível a alérgenos, no caso, os aeroalérgenos, que é muito comum um paciente alérgico respiratório ter essa sensibilidade. O diagnóstico clínico da asma é a espirometria”, ressalta a alergologista.

Durante seu diagnóstico clínico, o histórico familiar também é um fator decisivo. Isso porque filhos de pais asmáticos têm mais de 80% de chance de desenvolver a doença.

Segundo Paula Albuquerque, mesmo que o paciente seja o primeiro caso da família, existem outros familiares com doenças alérgicas, como rinite e alergia alimentar. Então, a genética é importante.

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O empresário Rubens Nogueira explica que já teve casos na família de falecimento por causa da asma. Seu problema é hereditário, mas graças ao medicamento consegue contornar e ter uma vida normal.

Tratamento da Asma

O uso da bombinha é um dos principais tratamentos, além de ser o mais popular. O corticoide inalatório ajuda a diminuir a inflamação no pulmão. “A bombinha alivia a respiração pelos canais e dilata os brônquios para que você respire melhor”, comenta o empresário.

Além da bombinha, existem medicações que ajudam a aliviar as crises, como os antialérgicos, antileucotrienos, beta-agonistas de curta duração e corticoides orais a depender da gravidade da crise. O mais importante é que a asma tem tratamento e deve ser acompanhada.

“Existem tratamentos avançados até mesmo para casos mais graves, como os imunobiológicos e a imunoterapia para longo prazo de controle, que é tão importante e que muitas vezes deixa o paciente em uma condição como se nem asma ele tivesse”, salienta a alergologista.

Cuidados

Alguns cuidados no dia a dia também podem fazer a diferença e garantir a qualidade de vida dos asmáticos. “Quem tem asma precisa ter uma boa higiene ambiental e se afastar dos estímulos externos que podem desencadear asma”, conta o pneumologista.

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Outro hábito é a questão das atividades físicas. Em relação à natação, é preciso ter cuidado com cloro, porque ele é um irritante, como a maioria dos odores fortes. Mas se for uma piscina tranquila e a criança estiver controlada em termos de medicação, as atividades físicas também vão colaborar com a melhora clínica do paciente.

A junção de todas essas mudanças de hábitos vai trazer uma qualidade de saúde. Logo, o paciente vai conseguir ter uma vida normal simplesmente por ter bons hábitos de uma maneira geral.

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Matéria originalmente veiculada no programa de 23 de junho de 2019.