Pesquisas indicam que o ruído fora de controle é um dos agentes mais nocivos à saúde humana. O som em alto volume e intensidade é agressivo ao sistema auditivo, e o Sandro Coelho, que é otorrinolaringologista veio nos explicar sobre o assunto. Confira!
Som alto e alta intensidade
Para Sandro Coelho, otorrinolaringologista, “o som em alto volume e alta intensidade é agressivo para o sistema auditivo. É possível suportar 85 decibéis por oito horas de trabalho, que é um limite clássico da medicina do trabalho. Quanto maior for o volume, menor será o tempo que se consegue suportar sem causar lesões”.
Se a pessoa não respeita o limite de decibéis por dia, vai começar a gerar lesões no sistema auditivo, que inicialmente são reversíveis e depois, com a continuação da agressão e até o aumento, se tornem irreversíveis.
Causas da perda auditiva
Além dos fatores extrínsecos, a perda auditiva também pode ser ocasionada por outros motivos, como “infecções, traumatismo, o próprio envelhecimento do sistema auditivo (na terceira idade) e em algumas situações podem acontecer doenças que levam à perda da audição”, comenta o especialista.
A costureira Valda Silva fala que nasceu com a audição perfeita e normal. Com o passar do tempo, revela que tomou muito banho de chuva e que entrava água no ouvido, causando uma inflamação muito grande. No decorrer dos anos, ela perdeu a audição e conta que se tivesse operado, provavelmente, estaria ouvindo normal.
Tratamento
Segundo Sandro, a perda reversível pode ser resolvida com um tratamento clínico. Por exemplo, uma rolha de cera pode causar a perda de audição, basta remover a rolha que volta a ouvir; se tratar uma otite, volta a ouvir. Já a perda irreversível, é preciso criar um caminho novo para que a pessoa passe a ouvir.
“O aparelho auditivo é o mais comum. O indivíduo está ouvindo pouco e se usa um amplificador. Mas, às vezes, a perda é tão intensa que o aparelho auditivo não é capaz de dar uma audição de qualidade por mais que se amplifique. Nesses casos é indicado um implante coclear”, ressalta o otorrinolaringologista.
Para esse implante, é feita uma cirurgia e colocado um aparelho dentro do ouvido, um computador que vai receber as informações sonoras de outro componente que fica fora, muito parecido com o aparelho auditivo. Ele vai decodificar esse som e vai estimular diretamente o nervo por meio de impulsos elétricos.
Postura e equilíbrio do corpo
O ouvido representa mais que a audição, pois tem relação direta com a postura e o equilíbrio do corpo. Para o profissional, “são funções distintas, não só interligadas, mas estão no mesmo local. Por isso, algumas doenças que afetam o ouvido interno podem levar tanto a problemas auditivos como de equilíbrio”.
Labirintite
Existem doenças que os sintomas vão envolver zumbido, tontura, perda auditiva e sensação de ouvido tapado... é o que popularmente se chama de labirintite. Ela é um conjunto de muitas doenças, é quase como um sintoma.
Esses problemas vão desde o mau funcionamento numa pessoa idosa, que é sedentária, se alimenta mal, tem uma doença sistêmica, como pressão alta, diabetes e colesterol alto, onde o labirinto não funciona bem; até uma pessoa que está com um tumor, por exemplo. Por isso, o diagnóstico deve ser investigado.
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Matéria originalmente veiculada no programa de 16 de junho de 2019.