Todo mundo sabe que existem vários métodos contraceptivos que ajudam a evitar uma gravidez indesejada. Mas você sabe a eficácia de cada um deles e como agem no seu organismo? Vamos saber disso agora com a ajuda dos ginecologistas Daniel Diógenes e Lilian Serio.
Como saber qual método contraceptivo é mais indicado para o seu caso
Conforme Lilian Serio, é importante procurar o seu ginecologista. A priori, qualquer método pode servir para todo mundo, mas precisam ser vistas as contraindicações, como patologia, idade ou se a pessoa já teve infarto ou trombose. Com isso, se exclui o método que ela não pode usar.
Assista à matéria (Mitos e verdades sobre contraceptivos)
Anel vaginal
Apesar de ser muito eficaz, o anel vaginal não é utilizado. “É uma argolinha que a gente introduz na vagina e fica liberando hormônio aos poucos, por 21 dias”, descreve a especialista.
Nesse caso, a própria paciente introduz o anel pela vagina, deixando-o lá dentro para que libere esse hormônio por 21 dias. Depois, a mulher retira o anel e fica 7 dias sem ele, que é a pausa para menstruar.
De acordo com Lilian, o anel vaginal é diferente do DIU, pois esse é colocado dentro do útero e paciente não tem como retirar. O dispositivo fica por mais tempo, dependendo do tipo, de 5 a 10 anos.
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Mitos em torno do anel vaginal
Apesar de ser um excelente método contraceptivo, “existe o medo de se introduzir e retirar o anel, a paciente não se conhece e não conhece a região genital. Isso é uma questão cultural que precisa ser esclarecida, porque esse método é excepcional”, ressalta Daniel Diógenes.
Também existe o medo da atividade sexual e da perda do anel dentro da região, mas isso é mito. Logo, deve haver o esclarecimento das dúvidas sobre esse método contraceptivo e o incentivo do seu uso devido à segurança que oferece.
Pílula do dia seguinte
A pílula do dia seguinte não deve ser usada como um método contraceptivo, mas, às vezes, as pessoas acabam utilizando e esquecem que isso pode trazer consequências. “Não deve ser usado como método contraceptivo, porque a eficácia é muito baixa (em torno de 80%) e quanto mais você usa pílula, menos eficaz ela fica”, comenta Lilian.
Se a paciente usar demais esse método, pode aumentar as chances de ela ficar infértil no futuro e com problemas na ovulação.
Métodos contraceptivos definitivos
A laqueadura e a vasectomia são métodos antigos e definitivos, por isso exigem responsabilidade em relação à escolha.
Método feminino
Segundo Daniel, a laqueadura consiste na interrupção das trompas, que são cortadas e ligadas. As trompas são o canal de comunicação entre ovário e útero, e que permite o encontro do óvulo com o espermatozoide. Quando se faz a secção anatômica, ocorre o impedimento desse encontro.
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Método masculino
Na vasectomia, é feita uma secção no canal deferente que é responsável por levar o espermatozoide do testículo para a uretra e depois para o meio externo. “O espermatozoide continua sendo produzido assim como a mulher continua ovulando, mas esse óvulo não encontra o espermatozoide, e esse não consegue sair na ejaculação”, pontua Daniel Diógenes.
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Matéria originalmente veiculada no programa de 10 de fevereiro de 2019.